Apesar não ter, ainda, inscrito o seu nome na restrita lista de agremiações desportivas que já venceram provas continentais, o Petro de Luanda adquiriu, por mérito próprio, o estatuto de “clube grande”, em África, sobretudo por conta da sua presença regular na apetecível fase de grupos, onde, regra geral, o tricolor chega rodeado de campeões continentais, após ter deixado pelo caminho outros detentores de troféus africanos.
À semelhança da entrada fulgurante nas provas nacionais, alcançando o título de Campeão do Girabola, na sua segunda participação, em 1982, depois de uma estreia marcante em 1981, onde impôs uma histórica derrota ao então detentor do título, o Petro também mostrou alta qualidade e solidez nas competições do continente berço.
A analogia peca apenas pela falta de troféus conquistados em África, uma realidade com algum sabor à injustiça, tal foi, em algumas ocasiões, a proximidade dos petrolíferos da consagração ou mesmo a qualidade exibicional revelada.
O ano de 1997 regista a primeira e única final petrolífera em provas africanas, na então taça CAF, deixando uma perspectiva auspiciosa sobre o futuro tricolor na arena continental. As três participações seguintes não tiveram o mesmo brilho, embora a chama do Petro tivesse desfilado na fase de grupos, em 2004, 2006 e 2019.
Na Liga dos Campeões, a prova campeã, de todas competições da Confederação Africana de Futebol, pelo prestígio e pelas contrapartidas financeiras, os bi-campeões nacionais deixaram marca indelével com a presença em duas meias-finais (2001 e 2022).
O palmarés petrolífero fica ainda enriquecido com outras quatro participações em que, apesar de não chegar ao Top quatro, a equipa teve o honroso desfile na fase de grupos, nos anos de 2020, 2021, 2023 e 2024.
No único registo da Superliga, o Petro alcançou os quartos-de-final em 2023.