Tia Graça, como ficou conhecida nas lides desportivas, foi uma das fundadoras da equipa feminina de Andebol do Petro Atlético de Luanda, onde ingressou há 41 anos (em 1983).
Actuando como Lateral esquerda e Central, Graça Bandeira era também o principal esteio das acções defensivas da equipa tricolor.
A sua determinação, dedicação extrema e liderança natural, tornaram-na imprescindível no sete orientado por Beto Ferreira, na luta para desafiar a hegemonia do Ferroviário de Luanda, ao nivel nacional e as equipas congolesas e ivoirienses nas competições do continente.
Foi pois sem surpresa que Graça Bandeira Monteiro apareceu como referência nos momentos de viragem do Andebol petrolífero, ao destronar o então campeão nacional e chegando igualmente ao primeiro título continental de seleções nacionais em 1989, na Argélia.
Em 1991 Graça Bandeira começa a trabalhar como Fisioterapeuta da modalidade que tanto ajudou a crescer. Foram 33 anos de muita dedicação, com passagem marcante pela equipa sénior feminina, por todos escalões de formação e pela equipa sénior masculina, até ao momento presente.
De permeio, muitos títulos foram conquistados, como corolário da dedicação, brio e companheirismo que sempre disponibilizou aos colegas de trabalho.
Embora a sua função principal tenha sido a de Fisioterapeuta, tia Graça destacou-se sempre na interacção com os praticantes, aconselhando e orientando as novas gerações e emprestando a sua experiência competitiva ao corpo técnico.
O seu conhecimento da modalidade e a sua rica vivência no balneário, tanto como praticante de eleição como na qualidade de integrante da equipa técnica, levaram a Federação Angolana de Andebol e o Ministério da Juventude e Desportos a solicitar frequentemente os seus préstimos para acompanhar as selecções nacionais em Campeonatos Africanos, Campeonatos do Mundo, Jogos Africanos e Jogos Olímpicos (com destaque para os Jogos de Atlanta 1996 e nos de Paris 2024).
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